sexta-feira, 31 de março de 2017

Quando Rio Branco morreu (o mesmo que, sem um único tiro de canhão, aumentou o Brasil em 900.000 km²), o carnaval foi adiado por Hermes da Fonseca. Era fevereiro de 1912. Marcou-se, em respeito às exéquias do fronteiro-mor brasileiro, nova data pra folia. Foi o ano em que houve – muito antes de carnavais fora de época e das micaretas de hoje em dia – dois carnavais. Pulou-se com o corpo do Barão ainda quente, extraoficialmente, e pulou-se depois, conforme deixa e pretexto do Presidente da República nos Estados Unidos do Brasil.
Dizem que Juca Paranhos (o Barão) adorava uma birita, um rabo de saia, uma dívida impagável e um carnaval rasgado pra se esboroar. Depois, sempre voltava pros seus mapas, títulos e diplomas. Se é verdade que os mortos custam um pouco a entender que já morreram, o espírito do Barão só pode ter pulado – e como! – os tristes carnavais daquele ano.
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Brasil, a maior potência mundial na guerra de serpentinas.

RM

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