Nem sempre fui bom para ela, se bem que eu era um filho da
puta. Amava-a tanto e não sabia o que fazer. Em vez de lhe oferecer o que eu
sentia, de preenche-la com esse amor áspero, eu o engolia. É algo que eu não
entendo: seu amor me chegava fácil, no entanto o meu não fluía em sua direção.
Creio que seu amor reprimia o meu. Ela e o seu amor formavam uma substância
espessa; o meu amor e eu continuávamos presos, então, uma ira me envolvia e ela
não o podia entender. Eu a tratei mal muitas vezes porque estava desesperado,
mas eu a queria mais que minha própria vida, e quando ela se foi minha vida se
apagou.
Adriana Zapparoli (minha tradução para efraim medina reyes)
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