“Somente nas condições de uma crise importante – como
durante a Primeira Guerra Mundial e sua sequência de revoluções, não apenas na
Rússia mas também em vários países europeus, ou durante a Segunda Guerra
Mundial, seguida pela vitória da revolução chinesa e por um deslocamento
significativo para a esquerda do espectro político em quase todo o mundo, pelo
menos durante alguns anos – os sistemas críticos de pensamento podem afetar
drasticamente o ‘panorama ideológico da época’. Em circunstâncias normais, devem
lutar não apenas contra seus adversários ideológicos especializados, mas
também, o que é muito mais desalentador, contra a ‘aliança profana’ entre o
‘senso comum’ e a ideologia dominante sustentada pela evidência prática das
estruturas materiais estabelecidas, em cujo interior as pessoas têm de
reproduzir as condições materiais e culturais de sua existência e ‘sentir-se à
vontade como um peixe dentro d’água.”
(István Mészáros em O Poder da Ideologia, p. 482)
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