A criação do Estado de
Israel, nos anos quarenta, após a tragédia do Holocausto, foi uma ação
afirmativa da comunidade internacional para reparar minimamente o horror
provocado pelo nazi-fascismo contra judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e
socialdemocratas. Mas o fantasma do ressurgimento ou da persistência do
antissemitismo não pode ser um álibi que justifique o massacre atual na Faixa
de Gaza.
O Brasil e o mundo têm
uma dívida enorme para com as comunidades judaicas que iluminaram as artes, a
ciência e a política e fazem parte da construção da Nação brasileira. Foi esse
sentimento que Lula expressou em seu discurso, anos atrás, na Knesset, quando
evocou, por exemplo, o papel de um Carlos e de um Moacir Scliar ou de uma
Clarice Lispector para a cultura brasileira. A lista é interminável e a ela se
juntam lutadores sociais como Jacob Gorender, Salomão Malina, Chael Charles
Schraier, Iara Iavelberg, Ana Rosa Kucinski e tantos outros.
Nunca os esqueceremos.
(Marco Aurélio Garcia
| Brasília - 24/07/2014)
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