A vida dos livros
não é uma expansão da vida do autor dos livros como pensam muitos por aí, no
caso dos bons livros de poesia , que tudo indica serem escritos mais por um
não-eu do que mediados pelo ego dos poetas, isto é mais evidente ainda, deve
existir um além-nome de onde se originam os grandes poemas e passamos a vida
intercambiando palavras a partir de um impessoal-abissal com este além-nome,
com este não-eu que pode até ser o Daimon e as Musas ao mesmo tempo, ao mesmo
interioridade-exterior do mundo e exterioridade-interior do ser dialogando
através das linguagens...Tive uma vez um sonho com Jorge Luís Borges em que eu
perguntava a ele o que ele sentia quando via seu nome na capa de um livro e ele
me respondia : ' lo mismo que cuando se sueña con mi nombre en las lápidas'
Marcelo Ariel
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