“'A aprendizagem é a nossa própria vida', como Paracelso
afirmou há cinco séculos, e também muitos outros que seguiram seu caminho, mas
que talvez nunca tenham sequer ouvido seu nome. Mas para tornar essa verdade
algo óbvio, como deveria ser, temos de reivindicar uma educação plena para toda
a vida, para que seja possível colocar em perspectiva a sua parte formal, a fim
de instituir, também aí, uma reforma radical. Isso não pode ser feito sem
desafiar as formas atualmente dominantes de internalização, fortemente
consolidadas a favor do capital pelo próprio sistema educacional formal. De
fato, da maneira como estão as coisas hoje, a principal função da educação
formal é agir como um cão-de-guarda 'ex-officio' e autoritário para induzir um
conformismo generalizado em determinados modos de internalização, de forma a
subordiná-los às exigências da ordem estabelecida. O fato de a educação formal
não poder ter êxito na criação de uma conformidade universal não altera o fato
de, no seu todo, ela estar orientada para aquele fim. Os professores e alunos
que se rebelam contra tal desígnio fazem-no com a munição que adquiriram tanto
dos seus companheiros rebeldes, dentro do domínio formal, quanto a partir da
área mais ampla da experiência educacional ‘desde a juventude até a velhice’.”
—István Mészáros, “A educação para além do capital” ( http://bit.ly/H4Dikw )
Leia também "Educação: desenvolvimento contínuo da
existência socialista", de István Mészáros, no Blog da Boitempo:
http://bit.ly/18mBDkU
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