AO IDEAL
A quem como a ti amei eu, ó sombra amada!
Atraí-te a mim, para dentro de mim-- e desde então
quase me fiz eu sombra, e corpo tu.
Todavia os meus olhos não aprendem,
afeitos a ver as coisas fora de si:
pra eles és sempre o eterno "fora de mim".
Ah, estes olhos põem-me fora de mim!"
(F. Nietzsche, "POEMAS", antologia, versão
portuguesa e notas de Paulo Quintela, 2ªed revista, Centelha, Coimbra 1981,
p.191. )
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