"Todo mundo tem pressa. A vida se tornou tão múltipla,
tão estonteamente tentacular, que o homem, no afan de tudo gozar, de tudo
aprender, de tudo penetrar - procura a síntese, sofre da mania do comprimido,
vive assombrado pelo relógio, a procurar o máximo de prazer e de experiência no
mínimo de tempo. No meio de toda essa balbúrdia a que já nos vamos habituando,
há um fenômeno muito curioso que desafia o nosso espírito de análise. É o que o
século da pressa, da síntese, da falta de repouso para a leitura - o
romance-rio, o romance caudaloso, o romance camalhaço ressurge a melhor
maneira."
- Erico Verissimo, em “Reflexões sobre o Romance-rio”.
Revista do Globo, 213, 1937. p 17.
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