Atravessar com o poema a pastoral dos desertos, o sacrifício
às fúrias, o fogo bolorento das lágrimas. Correr atrás dele, implorar-lhe,
injuriá-lo. Identificá-lo como sendo a expressão do nosso génio ou ainda o
ovário esmagado da nossa penúria. Por uma noite irromper atrás dele,
finalmente, nas núpcias da romã cósmica.
[Escrito por René Char/ Traduzido por Margarida Vale do
Gato--
-- "Furor e mistério." Relógio d'Água Editores,
2000]
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