O cigarro sem a gravata
Que se fuma na aurora democrata
Os remorsos nos pescoços da tigela
Com o medo que pendura a perna.
O ministério dos sacerdotes
A condolência à janela
E o cliente que talvez não se tenha.
-Nem Deus nem mestre-
O fardo pálido onde se embala
Como um pacote em frente as estrelas
Que tombam frias sobre a laje.
E esta rosa sem pétalas
E este advogado e a sua toalha.
Esta aurora que põe o véu
Pelas lágrimas que talvez se ponha
-nem Deus nem mestre-
Estas madeiras, dizemos de justiça
E crescendo em suplício
E para fornecer o sacrifício
Com o abeto do serviço
Este procedimento que ameaça
Aqueles que a sociedade rejeita
Sob pretexto do que podem ter.
-Nem Deus nem mestre -.
Essa palavra do evangelho
A que se dobra os imbecis,
Que se começa o horror civil
Da nobreza, após o estilo.
Neste grito que não tem a roseta
Esta palavra de profeta
Eu a reinvidico e vos desejo
- Nem Deus nem mestre!
___________Léo Ferré.
(Tradução Tullio Stef Sartini )
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