quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013



21/2/1903 - Anaïs Nin, francesa, escritora de diários pessoais, romances e narrativas, de conteúdo erótico. Fez enorme sucesso em todas as línguas ocidentais. Depois de morta, evidentemente.

A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros.

A única anormalidade é a incapacidade de amar.

A nossa vida em grande parte compõe-se de sonhos. É preciso ligá-los à ação.

A vida se espande ou se encolhe de acordo com a nossa coragem.

A vida é um processo de crescimento, uma combinação de situações que temos de atravessar. As pessoas falham quando querem eleger uma situação e permanecer nela. Esse é um tipo de morte.

A luz tinha som e o sol era uma orquestra.

Chorei porque não podia mais acreditar, e adoro acreditar. Ainda consigo amar apaixonadamente sem acreditar. Isso significa que amo humanamente. Chorei porque daqui por diante chorarei menos. Chorei porque perdi minha dor e ainda não estou acostumada à ausência dela.

É monstruoso dizer-se que o artista não serve a humanidade. Ele foi os olhos, os ouvidos, a voz da humanidade. Sempre foi o transcendentalista que passava em raios X os nossos verdadeiros estados de alma.

Me nego a viver em um mundo comum como uma mulher comum. A estabelecer relações comuns. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.

Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades - é a isto que eu chamo respirar.

Estou tão sedenta do maravilhoso que só o maravilhoso tem poder sobre mim. Qualquer coisa que não pode se transformar em algo maravilhoso, eu deixo ir.

E chegou o dia em que o risco de continuar espremido dentro do botão era mais doloroso que o de desabrochar.

Nós não vemos as coisas como elas são, vemos as coisas como nós somos.

O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.

O amor de um pelo outro é como uma extensa sombra que se beija, sem qualquer esperança de realidade.

O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia.

O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte. Morre de cegueira e dos erros e das traições. Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho.

Penso que se escreve para um mundo onde se possa viver.

Pessoas vivendo intensamente não têm medo da morte.

Você tem o direito de experimentar com sua vida. Você vai cometer erros. E eles estão certos também.

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