domingo, 4 de novembro de 2012

O CINEMA PODE, E DEVE, MUDAR O MUNDO


O mundo vem mudando (evoluindo) desde sempre... No final do século XV, esta evolução passou a ocorrer mais rapidamente com a invenção da imprensa - que possibilitou a impressão de livros. Isso levou a uma difusão maior do conhecimento e de novas idéias - que poderiam revolucionar o mundo.

Os principais livros que mudaram o mundo, desde então, foram: A Utopia (Morus - 1516), O Príncipe (Maquiavel - 1532), Revoluções dos Corpos Celestes (Copérnico - 1543), Princípios Matemáticos da Filosofia Natural (Newton - 1687), A Enciclopédia (Diderot - 1760), Ensaio Sobre o Princípio da População (Malthus - 1800), Manifesto Comunista (Marx e Engels - 1848), Desobediência Civil (Thoreau - 1849), A Origem das Espécies (Darwin - 1859), entre outros...

No início do século XX surgiu mais um poderoso instrumento de evolução social: o Cinema. Um filme, ou documentário, pode contar estórias, recontar a história, denunciar, criticar, trazer informações úteis - e inúteis também... É como se fosse um livro, só que com imagens e sons - embora no início o cinema fosse mudo... E como já disseram: "uma imagem vale mais do que mil palavras". Os filmes podem ser percebidos como milhares de imagens em movimento; não é à toa que o cinema tem influenciado comportamentos e valores por décadas.

Não tenho dúvida de que os movimentos sociais - por direitos humanos, por justiça, contra as guerras, pela ecologia, etc. - engrossaram suas fileiras depois que certos filmes foram exibidos nos cinemas pelo mundo... Entre estes filmes posso destacar: Os miseráveis, Gandhi, Tambores de Guerra, O expresso da meia-noite, 7 anos no Tibet, Dança com Lobos, etc. Estes filmes, e muitos outros, deveriam ser discutidos em sala de aula e debatidos em cineclubes; para que muitos possam se sensibilizar com os problemas do mundo e se sintam mais dispostos a participar de grupos que lutam por um mundo melhor.

Quando a sociedade der mais importância para o Cinema, como instrumento de mudanças sociais, então teremos dado mais um salto em direção ao mudo que todos sonhamos.


VIDEOCLUBE AMIZADE

Não há dúvida de que a riqueza de uma pessoa está relacionada com o grau de conhecimento e cultura que ela possui. E assistir filmes, com certeza, ajuda muito a aumentar o grau de riqueza de qualquer um.

O Cinema (vídeo), além de proporcionar diversão e lazer, é uma possibilidade de se viajar pelo tempo e pelo espaço. Podemos, por exemplo, viajar pela África, Ásia, Europa Medieval, por terras e planetas distantes, por mundos fantásticos, etc. Além destas 'viagens' os filmes proporcionam a possibilidade de se viver novas experiências de vida em situações diversas, as quais, quando bem interpretadas, nos trazem - além de emoções como: tensão, adrenalina, alegria, felicidade... - momentos de reflexão e muitos conhecimentos interessantes para as nossas vidas; e também uma grande bagagem cultural através do vestuário, da arquitetura, da música, dos costumes que são peculiares a cada lugar e época.


BOM-GOSTO TAMBÉM SE APRENDE

Eu não nasci gostando de poesia, nem de música clássica - na verdade, na minha pré-adolescência eu odiava os 'Concertos para a Juventude'... Mas aprendi a gostar.

Dizem que gosto não se discute. ¿Como não?! Se podemos definir o bom-gosto e o mau-gosto, podemos discutir sim! Basta que tenhamos critérios para tal.

Basicamente, o gosto depende da compreensão, da sensibilidade, da cultura, e da influência de outros ou do grupo. Quanto maior for a nossa bagagem cultural, mais refinado é o nosso gosto - e gosto refinado é sinônimo de bom-gosto. Isso não quer dizer que, para ter bom-gosto, o sujeito tenha que ser um chato que só ouve música erudita. Se o ambiente é de festa, a música tem que ser popular e animada - e tem muita música popular e animada de excelente qualidade.

Quando eu era adolescente - que é a idade em que começamos a formar nossa personalidade - evidentemente que a minha bagagem cultural era muito limitada; apesar disso, eu procurei me espelhar no gosto das pessoas que eu mais considerava - pessoas com bagagem cultural muito maior que a minha. Se eles gostavam de um tipo de música ou literatura, é porque deveria ter algo de bom - mesmo que eu ainda não tivesse condições de perceber exatamente o que. Mais tarde eu fui entendendo melhor os mecanismos que formam o nosso gosto e pude determinar o meu com maior precisão. Hoje eu tenho um gosto bem eclético - que varia do popular ao erudito - e me acho em condições de discutir gosto e bom-gosto com qualquer um...

Posso dizer que uma coisa foi fundamental na formação da minha personalidade: o desejo de evoluir; o desejo de querer ser como as pessoas que eu admirava; de buscar conhecimento e sair da minha mediocridade.

Hoje eu agradeço aos mestres e artistas por me ajudarem a construir a minha personalidade; e pelo mundo maravilhoso que as artes proporcionam àqueles que delas sabem desfrutar.

Celso Afonso Brum Sagastume

E-Mail: celsoabs@plugnet.psi.br

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