Às vezes tenho a imprensão
que, apressado, vivo deglutindo a vida
pensando em comer-comer
com a voracidade do gourmand
sem a sutileza do gourmet.
Às vezes, penso que estou, na pressa
perdendo o sabor, o refino do tempero
o bouquet do sentimentos
e que os fatos e pessoas
é que finalmente me devoram.
Estou cansado disto.
Paro. Penso. E , então, escrevo:
Oh! vida, que generosa tens sido!
Adeus canibalismo apressado!
Começo a saborear minúcias
quero mais delicadezas
na minha cama
na minha mesa.
sem a sutileza do gourmet.
Às vezes, penso que estou, na pressa
perdendo o sabor, o refino do tempero
o bouquet do sentimentos
e que os fatos e pessoas
é que finalmente me devoram.
Estou cansado disto.
Paro. Penso. E , então, escrevo:
Oh! vida, que generosa tens sido!
Adeus canibalismo apressado!
Começo a saborear minúcias
quero mais delicadezas
na minha cama
na minha mesa.
Affonso Romano de Sant'Anna
(POESIA REUNIDA, L&PM, VOL.2 P 238)
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