Cem anos se passaram sem ver teu rosto
enlaçar tua cintura
deter-me em teus olhos
perguntar à tua clarividência
ou aproximar-me do calor de teu ventre.
Faz 100 anos que em uma cidade
uma mulher me espera.
Estávamos na mesma rama, na mesma rama.
Caímos da mesma rama, nos separamos.
Cem anos nos separam
cem anos de caminho.
Faz cem anos que na penumbra
corro atrás dela.
Nazim Hikmet
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