as recentes vitórias eleitorais de partidos de
centro-esquerda na Argentina, Bolívia, Uruguai e Colômbia (neste último país,
eleições municipais, em que a oposição foi vitoriosa em cidades importantes,
como a capital, Bogotá), juntamente com os protestos no Equador, no Haiti e no
Chile trazem diversas lições para quem acompanha o cenário político: 1) há um
descontentamento em quase toda a América Latina com as políticas econômicas
neoliberais, com a tutela do FMI e o autoritarismo semifascista no continente;
2) Donald Trump e #ForaBolsonaro foram os grandes perdedores nessas eleições;
3) os partidos reformistas de centro-esquerda ainda têm a confiança das massas,
em oposição à direita golpista; 4) o Mercosul, a Unasul e a Celalc saem
fortalecidas (mesmo com a eventual saída do Brasil do Mercosul), e a OEA sai
enfraquecida; 5) muda o equilíbrio estratégico na região, a Venezuela terá mais
amigos e interlocutores, aliviando os efeitos do bloqueio norte-americano; e 6)
a ausência de partidos revolucionários, marxistas-leninistas, com influência de
massas impede o surgimento de revoluções socialistas no continente, mas há,
sim, uma situação revolucionária em toda a região."
Claudio Daniel
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