Pessoal fala que os petistas são patéticos seguidores de um
líder. Ora, o PT é o único exemplo de dialética simbiótica entre liderança e
bases (sendo o único que tem militância volumosa e histórica). Votar em Ciro ou
Marina (a não ser em caso de segundo turno, quando alianças se formam) seria,
isso sim, de um personalismo pouco politizado, pois não têm base, quadros,
relação orgânica com uma militância diversificada. Seria tão personalista
quanto votar no Bozo e sua legenda de aluguel. Confiar numa pessoa e não numa
instituição. Voto em Haddad pois ele é PT (mais do que por ser o indicado do
Lula), e, mais ainda, por ele estar com Manuela, a única feminista/comunista do
pleito. Voto em Haddad por ser o candidato da educação (só o fato de ter
ajudado a trazer a História Geral da África ao Brasil já seria suficiente para
mim), da retomada do combate à desigualdade social e da ideia da democracia
como prerrogativa para um país melhor.
Ricardo Pedrosa Alves
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