O nazifascismo tinha seus deputados, jornalistas, juristas,
policiais, militares e empresários, mas a grande narrativa original que fica
sempre é a da universidade e da teoria crítica. Para um golpe não adianta ter
somente o apoio e o discurso ideológico superficial de políticos, da mídia, do
judiciário, de policiais, de associações comerciais e de academias de
lutadores. Quem define o que é um golpe é a universidade nas suas áreas
centrais das humanidades e educação. Não foram juristas e magistrados alemães,
como o juiz Roland Freisler, um tipo reforçado de juiz Moro, que definiram o
golpe e o regime, mas sim os cientistas sociais de grupos como a “Escola de
Frankfurt”, que alertaram e denunciaram a inevitável queda e ruína das falsas
ilusões do projeto antidemocrático dos golpistas. Como as mentiras de um
projeto de salvação nacional de direita sempre acabam no mais corrupto e
tirânico regime até serem derrubados, mais cedo ou mais tarde, pelas forças
progressistas e democráticas da verdade e da liberdade.
RCO
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