Thiago Melo Antes de falar em escola sem partido, é preciso
falar em universidade sem partido. E não só de partidarismo político, mas
também de partidarismo teórico. As universidades promovem mais que as escolas o
partidarismo teórico.
Gabriel Gil Nossa, você acredita mesmo nisso?
Thiago Melo Acredito em quê? No Movimento escola sem partido
ou no partidarismo educacional brasileiro?
Gabriel Gil Na possibilidade do conhecimento ser
apartidário de uma corrente ideológica?
Thiago Melo Dizendo melhor. O conhecimento tem que ser
autônomo. Isso significa que devemos dar as condições para que as pessoas
busquem o conhecimento por elas mesmas. Estas condições são o ensino de várias
correntes diferentes sobre um mesmo problema.
Gabriel Gil Ja que não trata de.instituições, mas ideias
esse projeto de lei.
Thiago Melo Já este movimento é equivocado, pois o que eles
querem mesmo é que se ensine o posição deles.
Gabriel Gil Bom, não sei vc, mas eu faço isso. Ensino o Positivismo
tanto quanto o materialismo, querer exigir neutralidade na exposição teórica, é
dificil e já coloca em um desses lados e assim, não é acabar com a
ideologização. É pribir determinadas idrologias. E desse fato, bem uma leitura
da turma da mobica está alheia.
Gabriel Gil A grande questão é que: ao não conseguir superar
premissas básicas do método dedutivo, os Positivistas não vem outra forma a não
pela coerção e força obrigar todos a assumirem uma postura educativa. E isso,
significa que eles perderam, na argumentação, ba exposição empírica e ainda não
produzem efeitos suficientes para criar o padrão moral que idealizou os
mentores desse corrente.
Thiago Melo Quando se fala em ensino neutro, é isso que deve
ser buscado.
Gabriel Gil Mas isso, não existe. Somos animais políticos...l Neutralidade é para o opressor e suas balelas
míticas como Estado democratico de direito, sufragio universal, estado-nação e
outras categorias que modelam a ideologia moderna. Que substituiu Deus por
mitos roamanticos, como democracia racial no Brasil.
Ou seja, dar aula é fazer política. E ai se escolhe entre
incluir ou excluir...
Thiago Melo Discordo. Por que a maioria dos homens são
machistas, implica que o feminismo não é possível? Essa sua visão é fruto de
apenas uma corrente teórica. Posso te indicar outras que argumentam contra
isso.E a partir daí, você tira suas próprias conclusões.
Gabriel Gil Não entendia relação entre termos uma maioria
machista e a neutralidade. Uma escola que não debate genero tende a reproduzir
o machismo e isso significa, manter uma serie de privilégio. E isso é uma
decisão política.
Thiago Melo É que muitos que adotam a visão de que tudo é
construído socialmente, que parece ser o seu caso, pensam que a neutralidade
cognitiva não é possível porque é difícil conseguir. Porém, ser difícil, pois
muitas coisas contaminam nosso pensamento, não implica que é impossível.
Gabriel Gil A questão é que ensino religioso não sai do
currículo, mas sociologia, filosofia e biologia devem ser retiradas pq levam ideologia
para sal de aula. Devemos debater a hipocrisia intelectual e política. Todos
sabem que a ciência não tem todas as respostas. Mas tirar as poucas que temos,
ai é vandalismo.
Thiago Melo Pra começar, sugiro "A última
palavra", de Thomas Nagel. Depois "Medo do conhecimento", de
Paul Boghossian.
Artigos, sugiro esses:
http://criticanarede.com/sociologianormativa.html
Sobre o problema da sociologia normativa
Na última semana escrevi reclamando de como os jornalistas
tendem a usar o termo indiferenciado…
CRITICANAREDE.COM
Thiago Melo Isso é outra coisa. Não está relacionada com a
neutralidade.
Gabriel Gil Políticas que tratam sobre neutralidade
epistêmica, não são neutras!
Valdinéli Martins Em termos práticos sabe se que o
"apartidarismo" é desejado por quem não quer que se conheça a est
Valdinéli Martins . . .a esquerda teórica. Isso é também partidarismo.
Thiago Melo__________________ O apartidarismo não é uma ideia exclusiva deste
movimento de fanáticos da escola sem partido. Meus motivos e razões são outros.
Valdinéli Martins_______________ Se algum tivermos uma esquerda não
marxista e uma direita não oligárquica teremos uma chance como nação. Mas aí já outra discussão.
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