Ricardo Costa de Oliveira
16 de abril às 09:45 ·
Os direitistas perderam a eleição presidencial em 2014 e
podem perder o golpe em 2016 nos mesmos lugares. A República no Brasil só se
consolidou com a "política dos governadores", uma das lógicas
organizacionais mais atuantes no parlamento nacional. A força política dos
governadores nordestinos nos últimos dias parece ter revertido a tendência de
domínio dos golpistas sudestinos. O mapa eleitoral regional e local de 2014, em
boa parte, se reproduzirá na votação do impedimento. Pior ainda, quem com ferro
fere, com ferro será ferido. O vice de Cunha, Waldir Maranhão, 1º
vice-presidente da Câmara, parece ter se interessado pelo cargo de que é vice,
ganhou autonomia e papel ativo no campo político. O Maranhão, do deputado e do
governador Flávio Dino juntos desempatam o jogo e votarão contra o impeachment.
A derrota do golpe passa pelas posições dos governadores mobilizando suas
bancadas em várias regiões, o que acontece e se torna decisivo na reta final,
ao lado das grandes mobilizações populares esperadas contra o golpe hoje e
amanhã. O voto ideológico de esquerda do Sul e Sudeste está muito forte nas
trincheiras da democracia e da legalidade.
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