Vitória (Londres, 24 de Maio de 1819 – East Cowes, 22 de
Janeiro de 1901), oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837
até a morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia ao
Império Britânico em 1877 conferiu a Vitória o título de Imperatriz da Índia.
Vitória era filha do príncipe Eduardo, Duque de Kent e
Strathearn, o quarto filho do rei Jorge III. Tanto o Duque de Kent como o rei
morreram em 1820, fazendo com que Vitória fosse criada sob a supervisão da sua
mãe alemã, a princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld.
Herdou o trono aos dezoito anos, depois de os três tios
paternos terem morrido sem descendência legítima. O Reino Unido era já uma
monarquia constitucional estabelecida, na qual o soberano tinha relativamente
poucos poderes políticos directos. Em privado, Vitória tentou influenciar o
governo e a nomeação de ministros. Em público tornou-se um ícone nacional e a
figura que encarnava o modelo de valores rigorosos e moral pessoal.
Casou-se com o seu primo direito, o príncipe Alberto de
Saxe-Coburgo-Gota, em 1840. Os seus nove filhos e vinte e seis dos seus
quarenta e dois netos casaram-se com outros membros da realeza e famílias
nobres por todo o continente europeu, unindo-as entre si, o que lhe valeu a
alcunha de "a avó da Europa".
Após a morte de Alberto em 1861, Vitória entrou num período
de luto profundo durante o qual evitou aparecer em público. Como resultado do
seu isolamento, o republicanismo ganhou força durante algum tempo, mas na
segunda metade do seu reinado, a popularidade da rainha voltou a aumentar.
O seu reinado de 63 anos e 7 meses foi o mais longo, até à
data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Foi um
período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar e ficou
marcado pela expansão do Império Britânico.
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