quarta-feira, 28 de maio de 2014

odes de horácio


"[...]
Prudente do futuro, ocultara um deus
o que há de vir na noite de bruma e breu
e ri se algum mortal se aflige
rumo ao nefasto. Mas tenhas calma
na lida do presente; que o mais se vai
seguindo o fluxo, ora pacífico
no seu canal ao mar Tirreno,
ora entre rochas debilitadas
que arrasta e tronco, gado, até mesmo o lar
num só tormento, e não sem algum clamor
da vizinhança em monte e bosque,
quando a feroz enxurrada irrita
as águas calmas. Há de ter mais poder,
ser mais alegre aquele que ao fim puder
dizer 'Vivi! O Pai já pode
vir pelo céu com as nuvens negras
ou puro sol, mas nunca removerá
aquelas coisas findas que ficarão,
nem poderá tornar desfeito
tudo que a fuga das horas trouxe.'
[...]"



trecho do penúltimo poema, 3.29.
fim de tese, aí vou eu.

trad : Guilherme Gontijo Flores

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