“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o
que eu gostaria de ser. O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer,
uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que
foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também
desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha
família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava
acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la. [...] No entanto, o que
terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que
profundamente se sente e usa a palavra que o exprima. É pouco, é muito pouco.”
- Clarice Lispector, do livro "Aprendendo a
viver". Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.
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