domingo, 19 de janeiro de 2014

Céu de Brasilia

A cidade acalmou
logo depois das dez
Nas janelas a fria luz
Da televisão divertindo
as famílias
Saio pela noite andando
nas ruas
lá vou eu pelo ar
Asas de avião
me esquecendo da
Solidão
Da cidade Grande,
Do mundo dos homens
Num voo maluco que eu
vou inventando
E voo até ver nascer
o mato, o sol da manhã
As folhas , o rio, o azul
Sem manchas
Do céu do planalto
central
E o horizonte imenso
aberto
Sugerindo mil direções
E eu nem quero saber
Se foi bebedeira louca
ou lucidez.

Toninho Horta e Fernando Brant.

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