Na pedra,
ele espreita:
peixe, pássaro, lua.
Seu olho-flecha
nunca fere a presa.
Pois que tudo se move;
rio, céu, satélite
e até mesmo a pedra.
Não se move o homem,
cego à teia
que à sua volta cresce.
Donizete Galvão (do livro As faces do rio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário