“Carrego sempre comigo uma boa provisão do sal da malícia e
da dúvida para temperar muitas coisas que digo, escrevo, penso ou faço. É
possível que muitas vezes a mão se me escape e eu carregue o sal, causando uma
impressão de falsa modéstia ou masoquismo. (Não sei o que será pior.) Seja como
for, acho muito perigoso um homem levar-se demasiadamente a sério. Tenho plena
consciência de que quase sempre tento escapar de situações desagradáveis e
dramáticas pela porta do humor – como deve ter ficado bastante claro nas
páginas deste livro de memórias. Seja como for, acho isso mil vezes preferível
a assumir ares de herói ou mártir.”
- Erico Verissimo, 1976.
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