sexta-feira, 14 de junho de 2013

Os imaginários dos protestos para:


Extrema direita - Finalmente pensa ter uma base social oposicionista jovem para tentar derrubar o governo federal do PT e as prefeituras da base situacionista. Percebem nos movimentos o "cansei" rejuvenescido e com base social, que finalmente vai dar certo, tal como o Comício da Central do Brasil e as rebeliões de marinheiros e sargentos foram para o começo de 1964. Quanto mais "baderna" melhor para combater a corrupção com o retorno da ordem da ultradireita.

Extrema esquerda - Finalmente pensa em ter uma base social oposicionista para tentar derrubar o governo federal do PT e as prefeituras da base situacionista junto com os governos estaduais do PSDB e aliados. Percebem nos movimentos algo como outubro de 1917, ou pelo menos algo como o que aconteceu no Egito/Tunísia e que com a direção correta finalmente vai dar certo e levará à revolução ultra socialista.

Radicais chic da classe média/alta - Depois de anos de aumentos salariais e de rendas não tão altos como deveria ser e "apertos econômicos" para necessidades crescentes, como pagar outra viagem ao exterior, e aeroportos cheios, e infra-estrutura inadequada, etc. Órfãos ideológicos depois de anos de falta de opção eleitoral e convicção nos "plebiscitos" entre o real poder "sequestrado" somente entre o PT X PSDB, afinal nenhuma terceira via deles se criou, desde o voto de protesto no Enéas, Heloísa Helena, Marina, talvez possa haver algo considerado com um cheiro de Paris-tipo-maio-de-1968 para romper a "corrupa" e o spleen local. Quanta intrepidez e estética pós-moderna nos movimentos jovens. E como as suas últimas candidaturas eleitorais alternativas municipais e estaduais naufragaram, não se realizaram para tentar tirar ou o PT, ou o PSDB do poder e, nem os votos nulos ou brancos também parecem não ter levado à lugar nenhum mesmo, vamos ver o que pode acontecer de bom.

Jovens de classe média para cima - Alguns estão entediados, alguns sempre foram mimados consumidores e em alguns casos educados sem muitos limites, revoltado com o aumento recente do estacionamento? Vítimas temerosas das concretas contradições e ameaças da violência urbana, não aguentando mais os pais sempre reclamando do Lula-Dilma e sempre perdendo nas eleições. Querem fazer um movimento via facebook e IPhone-IPad, sem líderes, sem qualquer líder que tenha ou possa vir a ter uma cara ou nome conhecido no futuro, um movimento sem partidos políticos organizados, passeatas sem lugar para discursos e palavras-de-ordem, será que dava para usar o twitter e resumir logo tudo, ao invés de um comício com gente falando conceitos e com discursos demorados ?

Jovens de classe média para baixo - Lutadores econômicos da nova classe trabalhadora, batalhadores econômicos, percebem um primeiro movimento de rua importante nas suas vidas políticas, querem derrubar o aumento das passagens e que realmente os prejudica financeiramente. Vítimas da violência urbana constante. Misturam e confundem os projetos políticos e ideológicos de poder reais e a história dos partidos políticos nos últimos 30-20 anos, conjunturas que não viveram (a conjuntura anterior dos anos 1980). Os pais e familiares tendem mais a serem denominados como os novos "emergentes" da "classe C" ou mesmo "D" dos últimos 10 anos de poder do PT, com alguma melhoria desde o período do Sarney na presidência (não o último que assumiu como presidente do Senado, mas o anterior ao Collor) mas sentem ainda que tudo isto ainda é muito pouco e a coxinha aumentou na cantina.

PSDB - Quer derrotar e colocar toda a culpa e responsabilidade no PT.

PT - Quer derrotar e colocar toda a culpa e responsabilidade no PSDB.

Lumpesinato político (alguns). Onde é que vai ter a próxima briga e o próximo pancadão mesmo ?

Tropas (alguns) - Onde está o gatilho mesmo ?

Dois lados não brigam fisicamente para valer se houver uma maioria disposta a impedir a briga. Sem uma maioria de direita moderada, centro e esquerda moderada - o pau-vai-comer e não se sabe para que lado vai cair!

Salve-se quem puder se isso acontecer !

Ricardo Costa de Oliveira

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