“Acho que o papel do poeta é parecido com o
daqueles que levam a tocha na
Olimpíada. Mesmo que o mundo esteja dessacralizado,
temos que acreditar que a vida
é forte, transforma-se e cria novas saídas. Penso na
imagem de uma flor brotando nos
interstícios de uma pedra. Acredito nas diversas
manifestações do divino, no anima
mundi. Temos que viver este não-ser, esta noite, esta
dor como uma passagem. A
fidelidade de cada um a si mesmo é o que se pede.
Dar o pouco que se tem, ser fiel à
sua voz interior, é o que se pede aos poetas na
tentativa de suprir essa carência dos
deuses.”
Dora Ferreira da Silva. Entrevista a Donizete
Galvão publicada na Revista Cult, maio de
1999.
Nenhum comentário:
Postar um comentário