'' Mas, para falar de modo prático e como cidadão,
diferente daqueles que se proclamam homens anti-governo, eu peço, não por
nenhum governo já, mas por um melhor governo já. Desde
cada homem expor que tipo de governo teria seu respeito,
e isto seria um passo na direção de obtê-lo.
Afinal de contas, a razão prática de porque, uma vez que
o poder esteja nas mãos do povo, é permitido à maioria decidir, e por muito
tempo permaneça a fazê-lo, não é por causa desta ter mais chances de estar
certa, nem porque isso parece o mais justo às minorias, mas porque é
fisicamente a mais forte. Mas um governo no qual a maioria decida em todos os
casos não pode ser baseado na justiça, mesmo naquela que os homens sejam
capazes de compreender. Não poderá existir um governo em que não as maiorias
decidam virtualmente certo e o errado, mas a consciência? – no qual as maiorias
decidam somente aquelas questões para as quais a regra da conveniência seja
aplicável? Deve o cidadão, sequer por um momento, ou mesmo minimamente,
renunciar à sua consciência em favor da legislação? Por que possui todo homem
uma consciência, então? Eu acredito primeiramente que devamos ser seres
humanos, e só depois subalternos. Não é mais desejável cultivar um respeito
pela lei do que pelo correto. O único compromisso que eu tenho o direito de
assumir é fazer a qualquer tempo o que acho correto. Já foi dito, de maneira
verdadeira, que uma corporação não possui consciência; mas uma corporação de
homens conscientes é uma corporação com consciência.''
(Henry David Thoreau)
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