HAVIA UM HOMEM DE CEM ANOS
Quando a manhã despertava sobre a guerra
Ele vestiu as calças e caminhou para a morte,
Suas madeixas bocejaram soltas e uma rajada de vento as
dispersou,
Tombou onde amava, sobre as pedras arrancadas à calçada
E as fúnebres sementes do solo massacrado.
Dizei à sua rua lá no fundo que ele deteve um sol
E que da cratera de seus olhos brotaram fogos e balaços
Quando todas as chaves saltaram das fechaduras e retiram.
E não mais escaveis em defesa das algemas de seu grisalho
coração.
A ambulância celeste arrancada por uma constelação de chagas
Aguarda o tinir da espada na gaiola.
Oh retirai seus ossos desse veículo banal,
a manhã está voando com as asas de sua idade
E uma centena de cegonhas pousa na mão direita do sol.
(Dylan Thomas)
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