Os dias que se seguirão serão cáusticos, um caos de cadáver
insepulto. A sensação que tenho é de estar num sem-tempo, num antifuturo.
Contrariamente olho a minha volta café, signos pelas paredes do quarto, pilha
de livros no criado-mudo, perfumes sobre a cômoda, colares pendurados na porta
do armário, chapéus e travesseiros. Uma desconformidade, um incômodo desajuste
entre luta-conquista-retrocesso, entre luta-liberdade-incerteza. Que tempo é
esse que não se cabe nele, em que o quando é - onde?
Rita Alves
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