Gleisi Hoffmann é a mulher paranaense com mais experiência
política e mais elevada trajetória no campo político em toda a história. Gleisi
percorreu longo caminho partidário desde o movimento estudantil, assessorias
parlamentares municipais, estaduais e federais. Ocupou cargos executivos
estaduais, experiência em Itaipu, Senadora e Ministra-Chefe da Casa Civil, a
mais elevada posição ministerial já ocupada por um paranaense em toda a
história. Agora também é novidade como a primeira Presidenta Nacional do PT.
Quadro político inteligente e sensível, Gleisi terá o grande desafio, junto do
PT, de conviver e traçar estratégias para o atual Presidencialismo de Colisão
que vivemos. Os confrontos são inevitáveis porque o golpe saiu tal qual um
monstrinho alien de dentro do corpo da coalizão anterior do PT. Quando Dilma
teve de aceitar um vice conspirador e traíra, como Temer e o PMDB de assaltos
elegeu Eduardo Cunha como presidente da Câmara, a conjuntura estava
definitivamente perdida. O velho problema é como o PT conseguirá votos, apoios
e energia para enfrentar o centrão fisiológico no Congresso, a tradicional
corrupção na tecnoburocracia estatal de décadas, o empresariado golpista do
pato amarelo nas federações e associações empresariais, a indústria da mídia e
o sistema judicial de exceção, golpista e autoritário de sempre. A luta de
classes revela setores médios e burgueses adestrados na cultura do ódio pela
lavagem cerebral da grande mídia oligárquico-familiar, este filhotes e órfãos
dos valores morais de Aécio Neves, Temer e Eduardo Cunha procurarão outras
válvulas de escape, outras opções igualmente enganadoras para o próximo ciclo.
Grandes desafios são grandes oportunidades para grandes novidades. Esta
esquerda hegemônica e detentora dos maiores capitais eleitorais, sindicais,
movimentos sociais, intelectuais e partidários com Lula, Gleisi e o PT, terá o
imenso desafio de comandar uma próxima carga de ataque contra o moribundo bloco
golpista em decomposição do PMDB-PSDB-DEM. O que o PT deve manter do ciclo
vitorioso anterior entre 2002-2014, lições do buraco e da derrota golpista em
2015-2016 e a tremenda necessidade de invenção, de inovação para 2017-2018, com
novas mobilizações, novas formas de luta e novas estratégias dialeticamente
preservando o que foi bom, o que permitiu as vitórias eleitorais e incorporando
o novo, incorporando novos avanços, sem agora abrigarem os monstros do passado
dentro da barriga do Lulopetismo hegemônico e ainda triunfante deste nosso
ciclo político e histórico. Vai que a bola é sua Gleisi !
RCO
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