domingo, 4 de junho de 2017

A primeira Presidenta Nacional do PT

Gleisi Hoffmann é a mulher paranaense com mais experiência política e mais elevada trajetória no campo político em toda a história. Gleisi percorreu longo caminho partidário desde o movimento estudantil, assessorias parlamentares municipais, estaduais e federais. Ocupou cargos executivos estaduais, experiência em Itaipu, Senadora e Ministra-Chefe da Casa Civil, a mais elevada posição ministerial já ocupada por um paranaense em toda a história. Agora também é novidade como a primeira Presidenta Nacional do PT. Quadro político inteligente e sensível, Gleisi terá o grande desafio, junto do PT, de conviver e traçar estratégias para o atual Presidencialismo de Colisão que vivemos. Os confrontos são inevitáveis porque o golpe saiu tal qual um monstrinho alien de dentro do corpo da coalizão anterior do PT. Quando Dilma teve de aceitar um vice conspirador e traíra, como Temer e o PMDB de assaltos elegeu Eduardo Cunha como presidente da Câmara, a conjuntura estava definitivamente perdida. O velho problema é como o PT conseguirá votos, apoios e energia para enfrentar o centrão fisiológico no Congresso, a tradicional corrupção na tecnoburocracia estatal de décadas, o empresariado golpista do pato amarelo nas federações e associações empresariais, a indústria da mídia e o sistema judicial de exceção, golpista e autoritário de sempre. A luta de classes revela setores médios e burgueses adestrados na cultura do ódio pela lavagem cerebral da grande mídia oligárquico-familiar, este filhotes e órfãos dos valores morais de Aécio Neves, Temer e Eduardo Cunha procurarão outras válvulas de escape, outras opções igualmente enganadoras para o próximo ciclo. Grandes desafios são grandes oportunidades para grandes novidades. Esta esquerda hegemônica e detentora dos maiores capitais eleitorais, sindicais, movimentos sociais, intelectuais e partidários com Lula, Gleisi e o PT, terá o imenso desafio de comandar uma próxima carga de ataque contra o moribundo bloco golpista em decomposição do PMDB-PSDB-DEM. O que o PT deve manter do ciclo vitorioso anterior entre 2002-2014, lições do buraco e da derrota golpista em 2015-2016 e a tremenda necessidade de invenção, de inovação para 2017-2018, com novas mobilizações, novas formas de luta e novas estratégias dialeticamente preservando o que foi bom, o que permitiu as vitórias eleitorais e incorporando o novo, incorporando novos avanços, sem agora abrigarem os monstros do passado dentro da barriga do Lulopetismo hegemônico e ainda triunfante deste nosso ciclo político e histórico. Vai que a bola é sua Gleisi !


RCO

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