sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Holocaustos Coloniais: A Revolta Maji-Maji.


Após a partilha da África entre as principais potências europeias na década de 1880 com a Conferência de Berlim, a Alemanha reforçou sua presença em vários territórios africanos. Eram estes a África Oriental Alemã (Tanzânia, Ruanda, Burundi e partes de Moçambique), o Sudoeste Africano Alemão (atual Namíbia), Camarões e Togolândia (hoje parte de Gana e Togo). O controle sobre a África Oriental era, contudo, fraco. Para tentar manter a região, havia fortes espalhados pelo interior e com eles tentavam exercer controle sobre o território. Violência era uma ferramenta comum para manter a população nativa quieta.

A Alemanha começou a cobrança de impostos em 1898 e contava com trabalho forçado dos nativos para construir estradas e fazer outras tarefas. Em 1902, o comandante alemão Carl Peters ordenou que a população plantasse algodão para exportação.
Com isso, a população começou a se revoltar contra o domínio colonial. De 1905 a 1907 aconteceu a Rebelião Maji Maji, mais de 100 mil locais (população) morreram na revolta. Embora tenha sido, posteriormente, um tema pouco discutido na Alemanha, este capítulo permanece importante na história da Tanzânia.

As tropas coloniais alemães conseguiram sufocar a revolta, mas um dos resultados foi o surgimento de ideais nacionalistas entre os povos da Tanzânia, que seria fundamental na história do país nas décadas seguintes. Em 1919, as possessões coloniais alemãs na África foram tomadas pelas Potências Aliadas (Inglaterra, França, Bélgica, etc) após a Primeira Guerra Mundial.


Foto: Guerreiros Maji-Maji capturados.

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