Após a partilha da África entre as principais potências
europeias na década de 1880 com a Conferência de Berlim, a Alemanha reforçou
sua presença em vários territórios africanos. Eram estes a África Oriental
Alemã (Tanzânia, Ruanda, Burundi e partes de Moçambique), o Sudoeste Africano
Alemão (atual Namíbia), Camarões e Togolândia (hoje parte de Gana e Togo). O
controle sobre a África Oriental era, contudo, fraco. Para tentar manter a
região, havia fortes espalhados pelo interior e com eles tentavam exercer
controle sobre o território. Violência era uma ferramenta comum para manter a
população nativa quieta.
A Alemanha começou a cobrança de impostos em 1898 e contava
com trabalho forçado dos nativos para construir estradas e fazer outras
tarefas. Em 1902, o comandante alemão Carl Peters ordenou que a população
plantasse algodão para exportação.
Com isso, a população começou a se revoltar contra o domínio
colonial. De 1905 a 1907 aconteceu a Rebelião Maji Maji, mais de 100 mil locais
(população) morreram na revolta. Embora tenha sido, posteriormente, um tema
pouco discutido na Alemanha, este capítulo permanece importante na história da
Tanzânia.
As tropas coloniais alemães conseguiram sufocar a revolta,
mas um dos resultados foi o surgimento de ideais nacionalistas entre os povos
da Tanzânia, que seria fundamental na história do país nas décadas seguintes.
Em 1919, as possessões coloniais alemãs na África foram tomadas pelas Potências
Aliadas (Inglaterra, França, Bélgica, etc) após a Primeira Guerra Mundial.
Foto: Guerreiros Maji-Maji capturados.
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