Boa parte das nossas carências históricas de democracia, de
institucionalidade e de cidadania se devem ao nosso direito e aos nossos
juristas. O silêncio e o ocultamento são as linguagens do judiciário. 24 horas
depois das gravíssimas denúncias de Jucá e o STF finge que o assunto não é com
ele. O silêncio institucional é a mais pérfida característica do direito e do
judiciário no Brasil. Fomos o maior Estado Nacional escravista e traficante do
mundo no século XIX. Na Constituição de 1824 não aparecia uma única menção aos
escravos. Sofremos vários golpes, fraudes e ditaduras, sempre com a ajuda e
apoio do STF. Desrespeitos e formas de torturas no passado, hoje ainda com
perseguições seletivas, como as da lava jato, em que juízes escolhem quem querem
prender e por quanto tempo, com penas tendenciosas em função de seus interesses
ideológicos. A manipulação da grande mídia no Brasil acompanha a pusilanimidade
do judiciário em aliança de interesses plutocráticos. Agora o silêncio completo
em relação a Jucá, poderoso ex-ministro em desgraça de Temer, porque se falarem
terão que admitir, ou discordar e rever o que Jucá apontou como a cumplicidade
do judiciário no golpe, com gritante desvio de finalidade desde o início, junto
com a proteção ao delinquente presidente Cunha como condutor e regente do golpe
na Câmara. Os heróis da direita vão caindo uma um. Aécio, Cunha, Jucá e em
breve Temer cairá pela sua falta de legitimidade, como golpista impopular que
é.
Ricardo Costa de Oliveira
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