Mais um genocídio de imigrantes pobres silenciado pela mídia e pelos poderes globais. Não é no Mediterrâneo e nem apenas no Mar Egeu, mas na América do Norte. Mais de seis mil descendentes de nativos americanos pobres morreram ressecados nos últimos anos ao se deslocarem pelo mesmo Continente Americano em que suas famílias habitam há mais de dez mil anos. O número deve ser bem maior. Os Estados Unidos sempre exploraram e garantiram a pobreza com fragilidade das nações Centro-Americanas ao apoiarem ditaduras, crimes e corrupção nas juntas militares. O narcotráfico financiado pelos compradores desestabiliza a região. Imaginem se as maiores potências mundiais do século 18 estivessem ao lado da repressão do Império Britânico contra os insurgentes americanos de 1776 na sua luta pela liberdade e independência. Para a direita a culpa sempre é da vítima. Quem manda atravessar a fronteira sendo um invisível, um mestiço indígena pobre, tal qual sendo negro na KKK, sendo judeu no nazismo, sendo palestino em Israel das ocupações ilegais. O que é silenciado pela política é revelado pela genética.
Ricardo Costa de Oliveira
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