Ricardo Costa de Oliveira
23 de novembro
Resultados eleitorais argentinos ainda mais divididos e mais
apertados do que no Brasil. A Argentina periférica e mais pobre, com herança
indígena, as Argentinas Guarani, Andina, Mapuche e Patagônica votaram
diferentemente da Argentina das migrações europeias centrada em Buenos Aires e
vizinhanças. Serve como alento para a direita não precisar de golpes militares
ou de chicanas judiciárias para mudar presidências eleitas. O desafio é como
uma candidatura mais à direita, apoiada pelos mais ricos e privilegiados pode
mudar alguma coisa, sem piorar muito a vida dos descamisados e trabalhadores. A
direita sul americana investiu muito antes em Piñeira (2010-2014) no Chile e
colheu um fracasso muito grande. O grande desafio da democracia na América
Latina é incluir socialmente os mais pobres, construir a cidadania das grandes
massas de trabalhadores excluídas ao longo dos séculos, não governar para a
minoria dos mais ricos neoliberais e servir apenas os interesses dos grandes
capitalistas internacionais.
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