“O capital quer
transformar a multidão numa unidade orgânica, assim como o Estado quer
transformá-la num povo. É aí, através das lutas do trabalho, que a verdadeira
figura biopolítica produtiva da multidão começa a surgir. Quando é aprisionada
e transformada no corpo do capital global, a carne da multidão vê-se ao mesmo
tempo no interior dos processos da globalização capitalista e contra eles. Mas
a produção biopolítica da multidão tende a mobilizar o que compartilha em comum
e o que produz em comum contra o poder imperial do capital global. Com o tempo,
desenvolverá sua forma produtiva baseada no comum, a multidão pode mover-se
pelo Império e sair do outro lado, para se expressar autonomamente e governar a
si mesma” – Antonio Negri e Michael Hardt na obra Multidão - Record, Rio de
Janeiro-São Paulo, 2005, p. 142.
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