John Maynard Keynes (Cambridge, 5 de Junho de 1883 — Tilton,
East Sussex, 21 de Abril de 1946), economista britânico cujos ideais serviram
de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática.
Keynes defendeu uma política económica de Estado intervencionista, através da
qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos
adversos dos ciclos económicos - recessão, depressão e booms. Suas ideias
serviram de base para a escola de pensamento conhecida como economia
keynesiana.
Na década de 1930, Keynes iniciou uma revolução no
pensamento económico, opondo-se às ideias da economia neoclássica que defendiam
que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores,
contanto que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Após a eclosão da
Segunda Guerra Mundial, as ideias económicas de Keynes foram adoptadas pelas
principais potências económicas do Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960,
o sucesso da economia keynesiana foi tão retumbante que quase todos os governos
capitalistas adoptaram as suas recomendações.
A influência de Keynes na política económica declinou na
década de 1970, parcialmente como resultado de problemas que começaram a
afligir as economias norte americana e britânica no início da década (como a
Crise do Petróleo) e também devido às críticas de Milton Friedman e outros
economistas liberais e neoliberais pessimistas em relação à capacidade do
Estado de regular o ciclo económico com políticas fiscais. Entretanto, o
advento da crise económica global do final da década de 2000 causou um
ressurgimento do pensamento keynesiano. A economia keynesiana forneceu a base
teórica para os planos do presidente Barack Obama, do primeiro-ministro britânico
Gordon Brown e de outros líderes mundiais para aliviar os efeitos da recessão.
Em 1999, a revista Time nomeou Keynes como uma das cem
pessoas mais influentes do século XX, dizendo que "sua ideia radical de
que os governos devem gastar o dinheiro que não têm pode ter salvado o
capitalismo". Keynes é amplamente considerado o pai da macroeconomia
moderna e, de acordo com comentaristas como John Sloman, é o economista mais
influente do século XX.
Marisa Soveral
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