"Dentre os que estão hoje
presentes neste teatro, ninguém vai se vangloriar perante seus conhecidos pelo
fato que seu filho, filha ou sobrinha sabem coser bem umas botas ou preparar
comida gostosa, mas se vangloriam em toda parte se eles sabem, no dia dos anos
de alguém, escrever duas coluninhas de versos num álbum ou desenhar a cabeça de
um gatinho.
O primeiro (coser umas botas, preparar comida) era
considerado 'trabalho comum', e disto se ocupava o operário.
O segundo se chamava 'criação artística' e disto se ocupavam
os eleitos, os 'intelectuais'.(…)"
(foi publicado em O Casulo como resumo da palestra
"Abaixo a arte, viva a vida!" de Vladímir Maiakóvski, 16 de janeiro
de 1924; tradução de Boris Schnaiderman. Fotos encontrei na internet: o poeta
na multidão e ele com Lili Brik, em 1926)
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