“A revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma
condição injusta e incompreensível. Mas seu ímpeto cego reivindica a ordem no
meio do caos e a unidade no próprio seio daquilo que foge e desaparece. A
revolta clama, ela exige, ela quer que o escândalo termine e que se fixe
finalmente aquilo que até então se escrevia sem trégua sobre o mar. Sua
preocupação é transformar. (…) Que é um homem revoltado? Um homem que diz não.
Mas, se ele recusa, não renuncia: é também um homem que diz sim, desde o seu
primeiro movimento. Um escravo, que recebeu ordens durante toda a sua vida,
julga subitamente inaceitável um novo comando''
---Albert Camus; O homem revoltado.´
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