"Não há literatura sem memória. A pátria de todo
escritor é a infância. Acho que o momento da infância e da juventude é
privilegiado para quem quer escrever. É onde a memória sedimenta coisas
importantes: as grandes felicidades, os traumas, as alegrias e também as
decepções. Certamente não estou falando da lembrança pontual e nítida. O que
interessa é a memória desfalcada, a memória não lembrada. Isso é bom para a
literatura porque aí é que se instala o espaço da invenção."
- Milton Hatoum - in: “Não há literatura sem memória”.
[Entrevista concedida a Luiz Henrique Gurgel]. Na ponta do Lápis. Ano IV, n. 8.
AGWM Editora e Produções editoriais, p. 2-4, Junho/2008, p. 4.
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