"A história humana
não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais.
Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de
subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos
namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde
e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma
traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas
e as coisas que não tem voz."
- Ferreira Gullar, em
artigo "Corpo a corpo com a linguagem", publicado em 1999.
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