sábado, 1 de dezembro de 2012

Título: O Brasil é dos poucos países em que os formadores de opinião têm medo da opinião alheia




Subtítulo - Autora: M J M (só iniciais pois, o que vão pensar de mim se souberem que sou eu!)


Recebi outro dia uns textos atribuidos ao escritor João Ubaldo.Ele criticava o quanto se reclama dos (des)governos desde "Collor"(? que coloco entre aspas e faço acompanhar de interrogação pois, particularmente o excluo de qualquer hipótese de que fosse governo).Mas, voltando ao assunto do J.U.,em resumo  dizia: todo mundo reclama demais e põe culpa nos presidentes, mas todo mundo executa alguma corrupção o tempo todo-ai, J.U.  conta das suas, se desculpando mas assumindo recaídas.Achei quase bom o texto dele,afinal ele convida a população instruída a fazer auto-exame de conduta e tudo mais que isso implica, mudança de comportamentos etc et all.  Mas entre linhas penso que ele mais ou menos deixa a questão assim como, "ah, ninguém é perfeito" é o que vai pensar quando for tentado a cometer deslizes do tipo que fala.Evito julgamento, sei que isso é problema dele, de inventário moral dele para com ele mesmo.
No entanto, o trabalho dele me levou a escrever também.Pois é uma coisa inacreditável essa gente chamada "formadora de opinião"aqui no Brasil. Grande parte vem derivando de mentirosos há anos...aqueles que cabem no "faça como digo, mas não o que faço"; outra parte se garante dizendo "mas... ele também faz!" e quem se corrige depois de errar ; quem faz certo - chamam de mané! É um país criança. Mas anda também sem pai!
Quem sou eu para falar dele?!  Ocupada que devo ser em revisar minha prórpia conduta. Mas também, tem coisas que precisam ser ditas!
  Devemos querer chamar o Pai (que é lei, conforme conceito psicanalítico) pro Brasil. Em tempos de eleição isso é oportuno. Afinal, o representante paterno chega nessas posições. E note que esse representante paterno  pode ser masculino ou feminino, mas ocupar lugar de Lei, exige que se esteja verdadeiramente submetido à Lei que vai representar! Quem estuda, sabe que entre humanos, ninguém é 100%. Mas também devemos querer escolher gente que passe a média, pelo menos. E a prova disso é a de que a pessoa consegue suportar ( sem explorar, sem engalobar, sem mentir, sem maquiar,sem dourar a pílula do bezerro para o povo), o debate e o cumprimento de metas a que se propôs em "seu"projeto de governo. 
     Getúlio Vargas,dos últimos e primeiros representantes a ser  chamado "pai dos pobres"fez a bobagem de suicidar-se. Se ele tivesse aguardado um assassinato explícito, isso sim, faria traria à exposição a cara das "forças ocultas", o verdugo  nacional que veio servindo aos trapalhões do poder de desculpa para dar no pé ( de cana?).E hoje em dia, quem pode esconder quem eram os "forças ocultas", quem ousa omitir o estrago que vem de 64 até hoje oxidando sem dó as academias desde o seu fundamento ( entenda-se, desde a pré-escola - que é parte da academia também!)?
       Há quem ache bonito dizer da necessidade das ditaduras para re (organizar) o caos. Mas é ré a marcha em contrário! Caos é um furacão e como tal tem um olho. No olho, tudo é calmo, segundo especialistas. Organizar o caos é questão de conversa franca, olho no olho, calmamente, para tomadas de decisões a curto, médio e longo prazo, conforme as necessidades de perímetro, isto é, do meio interno para as bordas, onde estará o maior agito.
Ditador chega e quer por força sobre tudo. Isso é caos com caos. Um  tem o furor revelado, o outro  tem o furor mantido preso. E em algum movimento vai-se revelando o tempo de um e de outro.
Bobagens! Deixa isso para outro tempo. Prende-se a besta por mil anos e aí sim, quando a terra se fartar do bem viver, exercita-se a dialética de novo. Até que de tanto passar do frio pro morno, do morno pro quente, do quente pro morno, do morno pro frio, pode-se optar por conviverem-se pacificamente com todos os estados da água e cada um que vá transitar nas fontes que desejar.

Um abraço,
MJM

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