Subtítulo - Autora: M J M (só iniciais pois, o que vão
pensar de mim se souberem que sou eu!)
Recebi outro dia uns textos atribuidos ao escritor João
Ubaldo.Ele criticava o quanto se reclama dos (des)governos desde
"Collor"(? que coloco entre aspas e faço acompanhar de interrogação
pois, particularmente o excluo de qualquer hipótese de que fosse governo).Mas,
voltando ao assunto do J.U.,em resumo
dizia: todo mundo reclama demais e põe culpa nos presidentes, mas todo
mundo executa alguma corrupção o tempo todo-ai, J.U. conta das suas, se desculpando mas assumindo
recaídas.Achei quase bom o texto dele,afinal ele convida a população instruída
a fazer auto-exame de conduta e tudo mais que isso implica, mudança de
comportamentos etc et all. Mas entre
linhas penso que ele mais ou menos deixa a questão assim como, "ah,
ninguém é perfeito" é o que vai pensar quando for tentado a cometer
deslizes do tipo que fala.Evito julgamento, sei que isso é problema dele, de
inventário moral dele para com ele mesmo.
No entanto, o trabalho dele me levou a escrever também.Pois
é uma coisa inacreditável essa gente chamada "formadora de
opinião"aqui no Brasil. Grande parte vem derivando de mentirosos há
anos...aqueles que cabem no "faça como digo, mas não o que faço";
outra parte se garante dizendo "mas... ele também faz!" e quem se
corrige depois de errar ; quem faz certo - chamam de mané! É um país criança.
Mas anda também sem pai!
Quem sou eu para falar dele?! Ocupada que devo ser em revisar minha prórpia
conduta. Mas também, tem coisas que precisam ser ditas!
Devemos querer
chamar o Pai (que é lei, conforme conceito psicanalítico) pro Brasil. Em tempos
de eleição isso é oportuno. Afinal, o representante paterno chega nessas
posições. E note que esse representante paterno
pode ser masculino ou feminino, mas ocupar lugar de Lei, exige que se
esteja verdadeiramente submetido à Lei que vai representar! Quem estuda, sabe
que entre humanos, ninguém é 100%. Mas também devemos querer escolher gente que
passe a média, pelo menos. E a prova disso é a de que a pessoa consegue
suportar ( sem explorar, sem engalobar, sem mentir, sem maquiar,sem dourar a
pílula do bezerro para o povo), o debate e o cumprimento de metas a que se
propôs em "seu"projeto de governo.
Getúlio
Vargas,dos últimos e primeiros representantes a ser chamado "pai dos pobres"fez a
bobagem de suicidar-se. Se ele tivesse aguardado um assassinato explícito, isso
sim, faria traria à exposição a cara das "forças ocultas", o
verdugo nacional que veio servindo aos
trapalhões do poder de desculpa para dar no pé ( de cana?).E hoje em dia, quem
pode esconder quem eram os "forças ocultas", quem ousa omitir o
estrago que vem de 64 até hoje oxidando sem dó as academias desde o seu
fundamento ( entenda-se, desde a pré-escola - que é parte da academia também!)?
Há quem ache
bonito dizer da necessidade das ditaduras para re (organizar) o caos. Mas é ré
a marcha em contrário! Caos é um furacão e como tal tem um olho. No olho, tudo
é calmo, segundo especialistas. Organizar o caos é questão de conversa franca,
olho no olho, calmamente, para tomadas de decisões a curto, médio e longo
prazo, conforme as necessidades de perímetro, isto é, do meio interno para as
bordas, onde estará o maior agito.
Ditador chega e quer por força sobre tudo. Isso é caos com
caos. Um tem o furor revelado, o
outro tem o furor mantido preso. E em
algum movimento vai-se revelando o tempo de um e de outro.
Bobagens! Deixa isso para outro tempo. Prende-se a besta por
mil anos e aí sim, quando a terra se fartar do bem viver, exercita-se a
dialética de novo. Até que de tanto passar do frio pro morno, do morno pro
quente, do quente pro morno, do morno pro frio, pode-se optar por conviverem-se
pacificamente com todos os estados da água e cada um que vá transitar nas
fontes que desejar.
Um abraço,
MJM
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