quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Entrego minha alma ao céu de Abril e à rebeldia.
Descanso meus passos na sombra perdida no vão da memória.
Meus braços repousam em teu corpo claro e azuis pensamentos
florescem dos olhos afeitos enfim à feição do milagre.
O silêncio surge: - farrapo de nuvem cor-de-rosa e débil
e o ouvido apreende a canção sem rumor que em teu rosto perpassa.
Maria claríssima de carne completa Meu corpo duplo
se perde em teus olhos teus seios teus lábios se encontra em teu sexo

Bandeira Tribuzi
(p. 47)

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