BRASÍLIA: fase final de construção, mas antes de ser habitada por vermes. Espíritos maus rondam a grande obra de JK: Jânio Quadros assumiu, bebeu, escreveu bilhetes e renunciou rapidamente. Surgem então as figuras tétricas: Auro Soares de Moura Andrade, açodado no seu dever de declarar a vacância do cargo, chama Ranieri Mazili, que assume, na ausência de Jango. Os militares sentem os bons ares favoráveis ao golpe e negam posse ao vice-presidente. Machado Lopes, um general que comandava o 3º Exército, sai de Porto Alegre e sobe, rumo ao Rio de Janeiro, para que se cumpra a Constituição. Jango assume: anos tumultuados, as reformas de base e a conspiração despudorada das direitas: as coisas ainda aconteciam no Rio de Janeiro, o comício da Central do Brasil, a "anta fardada", que desce de Minas Gerais, e a fuga de Jango. Vinte e cinco anos de vergonha, tendo enfim, como palco, a cidade que se faz um quartel, habitado por homens vestidos de verde e fantasmas sem caráter. A "democracia nova", com Jose Sarney e com o criminoso aspirador de pó. Esperanças de redenção com a chegada de FHC, o homem que vendeu o Brasil.
BRASÍLIA: NUNCA FOI E NÃO É O BRASIL!
Sérgio Gonçalves
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