Se é pra ser "pós-moderno" (um isso!!), ok, até seja,mas antes, em 1º lugar, assuma que "nunca fomos tão modernos", pra daí então avaliar se esse "um isso" (viço?!) que vc acredita ter encontrado, é mesmo uma "experiência" sólida, a qual não te deixaria escorrer e/ou escorregar, dentro e fora da academia.
Monica Castro
O melhor lugar do mundo não é aqui e não é agora, sabemos disso. Agora o duro é saber disso e, tentando driblar essa constatação óbvia, jogar e apostar na hipótese de que haveria um lugar e um tempo imponderáveis, nos quais se teria a "oportunidade" de verificar isso REALMENTE... ESPERANDO PRA VER O ÓBVIO... Não creio que devamos perder nosso tempo (nem tão precioso assim, mas enfim, é o tempo que temos), discutindo/ debatendo o óbvio, afinal, há questões bem mais urgentes a serem pensadas, dentro e fora da nossa Galáxia. Há necessidade (não discuto o "sentido"...), de se atribuir ao "Infinito" um caráter teológico que ele não tem, para apaziguar a sensação de que "não estamos sozinhos"?! Eu posso até entender a criação dessa necessidade, até mesmo historicamente determinada, mas o que não entendo de forma alguma, é a obrigação de se "enxergar" um sentido teológico atribuído ao Universo.... seria algo tão vasto e por isso mesmo, para além do nosso entendimento?!
Monica Castro
bem... até onde pude observar... a academia é um palco de ilusões também... Tem muito trabalho sério, é claro, mas até chegar lá, há muita imitação, uma mimese desvairada de textos, autores, pessoas, estilos, caras e bocas e olhares... e a gente vai tendo que encontrar o caminho no meio desta selva de troncos mortos, outros nascendo... outros que nunca serviram prá nada e continuam atravancando o caminho!!! mas isso é a vida, não é? não é diferente em outros domínios também... o bom é entender que a "academia" não tem nenhuma prerrogativa a mais... é a sociedade em miniatura ali dentro! seguimos em frente...
Selma Baptista,antropóloga, cantora
Penso também que a "academia" apenas reflete, em micro, o que é macro... o duro da questão é que, afora a pretensão desse "locus academicum", há uma patente inércia, no sentido mesmo de uma pretensão mal "utilizada"... sim porque se a pretensão estivesse efetivamente gerando troncos (em meio a selva na qual todos vivemos) e assim, fazendo com que os troncos velhos fossem deslocados de seus cômodos lugares, ok, beleza, mas, não é assim... Na "academia" há que se ser "pós-moderno", como se esse qualificativo (indefinível e inefável...) tivesse uma certa potência, a qual, mesmo que inescrutável, carregasse os seus sujeitos de atribuições apáticas (?!), as quais de caráter inquestionável, os fazem inquestionáveis e... bem, tudo volta ao círculo e ele, a si mesmo.
Monica Castro,filosofa,professora
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