Água apressada que corre – sem memória -,
que a terra distraída bebe,
duvida, só por um instante, na minha mão vazia,
lembra-te!
Claro e rápido amor, indiferença,
quase ausência que corre,
entre teu excesso de ficar e de partir,
tem arrepios de permanência.
Rainer Maria Rilke
in Frutos e Apontamentos
Relógio D´Água, 1996
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