sábado, 11 de setembro de 2010

Abrigo o teu olhar na concha…

Abrigo o teu olhar na concha

das noites, na pálpebra inversa,

imensa, da prevista hesitação:

vês daqui a estrela mais secreta,

quando te descolas, contorno,

a sempre repetida oferta.

Vens, respiras, iluminas-te

na única escuridão que permites.

Julgava adivinhar-te, num ângulo

preciso da noite, convidas

sempre, em outro lugar, apenas

ofegante

Nenhum comentário: