domingo, 12 de dezembro de 2010

.................E sobre a solidão das casas,

entre o sono e o vinho derramado,

curvam-se os cascos do demónio -

ágeis, frágeis.

E o sonâmbulo desejo do nosso coração

tudo absorve ao alto, como uma tenebrosa

vertigem.





(pequeno excerto retirado do poema IV de 'Fonte')





Herberto Helder. A Colher na boca (Poesia Toda I). Lisboa, Assírio&Alvim, 1990, pp.64.

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