domingo, 22 de setembro de 2013

Prima: Ciebie już tutaj nie ma. To, co widzę,
z twojego ciała, z ciebie, jest złudzeniem.
Dusza twoja odeszła
tam, dokąd sama też odejdziesz jutro.
Jeszcze ten wieczór zdaje się mi dawać
złudną porękę, mglisty cień uśmiechu,
leniwe pozy, pozory miłości
już jakby roztargnionej.
A jednak twoje zamiary odejścia
wzięły cię, dokąd chciałaś,
daleko stąd, gdzie jesteś
mówiąc do mnie:
"O, jestem z tobą, popatrz!"

I pokazujesz mi swą nieobecność.

Prima: Você já está aqui. O que eu vejo do seu corpo, você é uma ilusão. Sua alma deixou lá, onde ela também deixar amanhã. Ainda esta noite parece-me delirar porękę dar sorriso nebuloso sombra, atitudes preguiçosas, um arremedo de amor roztargnionej. Mas suas intenções tirou licença você onde você queria longe onde você está me dizendo: "Oh, eu estou com você, olha!" E você me mostrar sua ausência.

Ulisses Iarochinski

COMO A NÉVOA NÃO DEIXA CICATRIZ



Como a névoa não deixa cicatriz
Nas colinas onde o verde mora,
Assim meu corpo não deixará cicatriz
No seu, nem nunca nem agora.

Quando vento e falcão se encontram,
O que conter depois que comece?
Assim como a gente se encontra,
E depois que se solta, adormece.

Como tantas noites a acontecer
Sem lua, com as estrelas por um triz,
Assim a gente irá acontecer
Quando um de nós não mais se diz.

Poema: Leonard Cohen /

Tradução: Fernando Koproski /
Uma Arte
Não é tão difícil dominar a arte de perder;
tanta coisa parece preenchida pela intenção de ser perdida
que sua perda não é nenhum desastre.

Perca alguma coisa todo dia. Aceite a novela das chaves perdidas,
a hora desperdiçada, aprender a arte de perder não é nada.

Exercite-se perdendo mais, mais rápido:
lugares, e nomes e... para onde mesmo você ia viajar?
Nenhum desastre...

Perdi o relógio de minha mãe. E olha, minha última e
minha penúltima casas ficaram para trás.
Não é difícil dominar a arte de perder.

Perdi duas cidades, adoráveis. E, mais ainda, alguns domínios,
propriedades, dois rios, um continente.
Sinto sua falta, mas não foi um desastre.

- Até mesmo perder você (a voz gozada, o gesto que
eu amava) eu não posso mentir. É claro que não é tão difícil dominar
a arte de perder apesar de parecer (pode Escrever!) desastre.
Elisabeth John Bishop - Luis Antonio G. Tagle
(Nizar Qabbani)


Quando encontrares um homem
Que transforme
Cada partícula tua
Em poesia,
Que faça de cada um dos teus cabelos
Um poema,
Quando encontrares um homem
Capaz,
Como eu,
De te lavar e adornar
Com poesia,
Hei-de implorar-te
Que o sigas sem hesitação
Pois o que importa
Não é que sejas minha ou dele
Mas sim da poesia.


a plus belle victoire
sur le temps et la pesanteur
c'est peut-être de passer
sans laisser de trace
de passer sans laisser d'ombre.


Marina Tsvetaeva -

a mais bela vitória
sobre o tempo e a gravidade
Pode ser a
sem deixar qualquer vestígio.
para passar sem sombra.

Marina Tsvetaeva-

Lyube



O mar azul, somente o mar além da popa
O mar azul, e longe o caminho de casa
Lá além das névoas eternas e bêbadas
Lá além das névoas está a nossa costa pátria

Cochicham as ondas e suspiram e rugem
Mas elas são estranhas, então não entendem, não entendem
Lá além das névoas eternas e bêbadas
Lá além das névoas nos amam e esperam

Espera Sebastopol, espera Kamtchatka, espera Kronstadt
Acredita e espera a terra em seus filhos da pátria
Lá além das névoas eternas e bêbadas
Lá além das névoas as esposas deles não dormem

E nós voltaremos, nós, é claro, chegaremos nadando
E sorriremos, e os filhos aconchegaremos ao peito
Lá além das névoas eternas e bêbadas
Lá além das névoas uma canção cantaremos até o fim

~em russo~

Там, За Туманами
~Любэ

Синее море, только море за кормой
Синее море и далек он путь домой
Там за туманами вечными пьяными
Там за туманами берег наш родной

Шепчутся волны и вздыхают и ревут
Но не поймут они чудные, не поймут
Там за туманами вечными пьяными
Там за туманами любят нас и ждут

Ждет севастополь, ждет Камчатка, ждет Кронштадт
Верит и ждет земля родных своих ребят
Там за туманами вечными пьяными
Там за туманами жены их не спят

И мы вернемся, мы, конечно, доплывем
И улыбнемся, и детей к груди прижмем
Там за туманами вечными пьяными
Там за туманами песню допоем

p.s.: Segundo informações de um amigo meu, essa canção foi composta em homenagem às vítimas no submarino Kursk, que naufragou em 12 de agosto de 2000