terça-feira, 13 de junho de 2017

GERALDO ALCKMIN: O ESTRANHO APOIO A TEMER


De forma surpreendente, o Governador de São Paulo vem sendo o sustentáculo do presidente indireto dentro do PSDB. Quando Temer assumiu com a vitória da conspiração parlamentar, Alckmin declarou que não estava contra nem a favor. Agora fez dois discursos defendendo a permanência de Temer no Governo.

O primeiro, na sexta feira, logo depois da votação do TSE. O segundo, ontem, ainda mais conclusivo, considerando que Temer tem de terminar o mandato. (desde quando Michel Temer tem mandato com prazo para terminar, se ele não disputou eleição presidencial?)

Há 23 anos, toda a vida política e eleitoral de Alckmin se reduzem e se encerram no governo de São Paulo. Em 1994 foi vice de Mario Covas, candidato a governador de S.P.. Cumpridos os 4 anos, em 1998, disputaram a reeleição. Ganharam com Mario Covas quase sem poder tomar posse, extremamente doente. Morreria em 2001 com Alckmin, vice, assumindo o governo. Em 2002 se reelegeu. Em 2006 se desincompatibilizou , disputou a presidência da republica e foi derrotado.

Em 2010 foi novamente eleito governador, e reeleito em 2014. Considerava e considera que em 2018 a vez dentro do PSDB seria novamente dele, já que Serra fora derrotado duas vezes e Aécio em 2014. (tudo isso, antes da crise política, econômica e moral que domina o país).

Fica visível, nessa contradição política e eleitoral do Governador Alckmin, que ele admite que será muito melhor para a tão almejada candidatura dele, que Temer permaneça até 2018.



 Helio Fernandes

Fuga de muerte

“Fuga de muerte” (“Todesfuge”), escrito en 1948 y publicado en el volumen Amapola y memoria, de 1952.

Me voy a permitir transcribirla completa, en traducción de Jesús Munárriz:

Leche negra del alba la bebemos al atardecer
la bebemos al mediodía y a la mañana la bebemos de noche
bebemos y bebemos
cavamos una fosa en los aires allí no hay estrechez.

En la casa vive un hombre que juega con las serpientes que
    escribe
que escribe al oscurecer a Alemania tu cabello de oro Margarete
lo escribe y sale a la puerta de casa y brillan las estrellas silba
    llamando a sus perros
silba y salen sus judíos manda cavar una fosa en la tierra
nos ordena tocad ahora música de baile.

Leche negra del alba te bebemos de noche
te bebemos de mañana y al mediodía te bebemos al atardecer
bebemos y bebemos
un hombre vive en la casa tu cabello de oro Margarete tu cabello
    de ceniza Sulamita él juega con serpientes.

Grita tocad más dulcemente a la muerte la muerte es un amo de
    Alemania
grita tocad más sombríamente los violines luego subiréis como
    humo en el aire
luego tendréis una fosa en las nubes allí no hay estrechez.

Leche negra del alba te bebemos de noche
te bebemos al mediodía la muerte es un amo de Alemania
te bebemos al atardecer y a la mañana bebemos
y bebemos la muerte es un amo de Alemania su ojo es azul
te alcanza con bala de plomo te alcanza certero
un hombre vive en la casa tu cabello de oro Margarete
azuza sus perros contra nosotros nos regala una fosa en el aire
acosa con las serpientes y sueña la muerte es un amo de
    Alemania
tu cabello de oro Margarete
tu cabello de ceniza Sulamita1.
Paul Celan


Em 1944 muitos nazistas possuíam o ditado - Aproveitem o que resta da continuidade da guerra porque a paz será terrível para nazistas. O mesmo vale para golpistas do Brasil de 2017 - Aproveitem o que resta da continuidade do golpe porque o retorno da democracia será terrível para golpistas ! A constatação é que não há mais saída do golpe para Temer, Aécio, o PMDB e o PSDB. Vão afundar até o fim juntos com o golpe. Depois do que aconteceu com as malas da JBS, os golpistas Temer e Aécio já não respondem mais e nem se importam com o que resta de pressão da PGR, PF e STF sobre seus crimes, fingem normalidade com seus asseclas para continuarem governando, como se nada tivesse acontecido, administrando e ameaçando seus cúmplices nos vários poderes, o que só revela a textura moral, política e humana terminal deles e de seus apoiadores. O retrato desses dois chefes políticos é o retrato existencial das baixarias e falcatruas de sempre da elite brasileira, a baixa estatura civilizatória de grupos da classe dominante brasileira em sua medíocre existência de farsas. Quanto mais se debaterem e movimentarem, mais a lama movediça os tragará cada vez mais para o fundo enlameado.


Ricardo Costa de Oliveira